BEM VINDOS AO MUNDO POINT DA MALHAÇÃO, A MAOIR REDE DE ACADEMIAS DO INTERIOR DA BAHIA.

segunda-feira, 14 de março de 2011

MULHERES SE INJETAM HORMÔNIO DA GRAVIDEZ PARA TENTAR EMAGRECER

Todas as manhãs Kay Brown, 35, faz um ritual semelhante ao de um viciado ou diabético: ela se injeta, mas a sua seringa contém hCG, hormônio da gravidez.
Brown não toma hCG (gonadotrofina coriônica humana) para ter filho. Ela acredita que, combinando as injeções com dieta de 500 calorias por dia vai perder gordura nos lugares desejados, sem sentir fome ou cansaço. "Tenho uma amiga que fez antes do casamento. Está linda", diz.


Mulheres como ela vêm lotando clínicas de emagrecimento nos EUA. Pagam mais de US$ 1.000 por mês por uma consulta, um suprimento do hormônio e as seringas para injetá-lo.
Mais de 50 anos depois de um médico começar a promover o hCG como auxiliar na perda de peso, o hormônio está mais popular que nunca, apesar de haver poucas evidências de eficácia.
O tratamento combina injeções diárias com uma dieta quase anoréxica. Mulheres são atraídas por promessas de que perderão meio quilo por dia sem sentir fome. O que talvez seja ainda mais sedutor é que lhes é dito que o hCG vai levar seus corpos a descartar a gordura armazenada nos lugares onde elas menos a desejam: braços, barrigas e coxas.
A forma injetável de hCG, vendida com receita médica, é aprovada como tratamento da infertilidade. Médicos são autorizados a prescrevê-la de forma "não indicada na bula" para perda de peso, segundo a FDA (órgão do governo americano que regula alimentos e medicamentos).
Mas a FDA avisa: não está provado que o produto intensifique a perda de peso, que cause distribuição mais "atraente" da gordura ou "reduza a fome".
Um porta-voz da FDA, Christopher Kelly, disse que o órgão recebeu relato sobre um paciente que segue a dieta do hCG e teve embolia pulmonar. O hormônio causa risco de coágulos, depressão, dor de cabeça e aumento da sensibilidade ou do volume das mamas.
Pieter Cohen, professor da Escola Médica de Harvard e pesquisador de suplementos, disse que, além da questão dos efeitos colaterais, o uso do hCG "manipula pessoas para lhes dar a impressão de que estão recebendo algo eficaz, quando estão recebendo algo que não é melhor que um placebo".

DERIVADO DA URINA

Segundo o médico de Kay Brown, Lionel Bissoon, "médicos de todo o país vêm tendo evidências empíricas de pessoas que perdem peso".
Outro médico de Nova York, Scott lyer, afirma que o hormônio "engana seu corpo, como se você estivesse grávida; ele passa a queimar gordura para que o feto receba calorias suficientes, mas protege o tecido muscular".
Alguns médicos dizem que é plausível que o hCG produza um corpo mais tonificado, porque induz a produção de hormônios masculinos e aumenta a massa muscular.
Médicos que prescrevem o hCG dizem que a experiência está a seu favor, mesmo que as pesquisas não estejam.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

SEDENTARISMO AUMENTA RISCO DE PROBLEMAS DE SAÚDE

Hábitos ativos devem ser incorporados na rotina, dizem especialistas; efeitos do ócio em excesso não são revertidos com exercícios.

Passar boa parte do dia inativo aumenta o risco de morte e de problemas de saúde, ainda que o indivíduo pratique algum tipo de atividade física formal. O alerta vem de dois artigos publicados neste mês.

O primeiro deles, assinado por médicos do Instituto Karolinska (Suécia) e divulgado no "British Journal of Sports Medicine", sugere que ficar sentado por períodos prolongados é "verdadeiramente danoso ao organismo", independentemente da prática sistematizada de exercícios -na academia, por exemplo.


Eles afirmam que estudos recentes estabelecem que ficar sentado por longos períodos e a falta de atividade muscular são fatores de risco independentes para doenças.


"É cada vez mais fundamentado pelos estudos que é preciso incorporar mais atividade física no dia a dia. O conforto da vida moderna é o grande vilão, porque trocamos muitas das atividades que poderíamos fazer pelo apertar de um botão", afirma a fisioterapeuta Gerseli Angeli, diretora-científica do Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte) da Universidade Federal de São Paulo.

É o que também mostra a pesquisa australiana publicada no periódico "Circulation", que analisou risco de mortalidade e tempo inativo. Após avaliarem 8.800 pessoas com mais de 25 anos durante seis anos, os pesquisadores constataram que cada hora passada em frente à TV aumenta em 11% o risco de morte por qualquer causa e em 18% o risco de morte por problemas cardiovasculares, mesmo após excluírem fatores de risco já conhecidos, como colesterol, tabagismo, gordura abdominal e prática moderada de exercícios.

No artigo, afirmam que "ainda que a ênfase para a prática de exercícios moderados ou intensos deva permanecer, os achados do estudo sugerem que reduzir o tempo em frente à TV ou de comportamento sedentário também ajuda a prevenir problemas cardiovasculares e morte prematura".

Os pesquisadores afirmam que é necessária uma investigação mais profunda para estabelecer os mecanismos que relacionam longos períodos de inatividade a uma saúde mais pobre. Uma das hipóteses é a ação de uma enzima que tem papel fundamental na regulação dos níveis de gordura no sangue -e que ficaria alterada nos longos períodos sedentários, podendo levar a mudanças metabólicas, como colesterol alto.

Por causa dessas respostas fisiológicas, dizem os cientistas, as mudanças no organismo após o excesso de ócio não são anuladas com o aumento de exercício físico. Por isso, é aconselhável não passar longos períodos inativo.

Gasto calórico

Segundo o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o gasto energético semanal acima de 2.000 calorias em atividades também é associado, em trabalhos científicos, a uma menor mortalidade geral.

"Isso equivale a 32 km percorridos a pé. Na academia, há uma chance razoável de chegar a isso, mas incorporar hábitos ativos no dia a dia eleva a probabilidade de alcançar a meta."

Um outro trabalho, diz Lazzoli, já mostrou que subir mais de 55 lances de escada por semana reduz a mortalidade em 23%. "Alguns cânceres têm ligação com gasto energético, como o de mama", acrescenta.

Por esse motivo, é indicado tornar a rotina mais ativa, preferindo a escada ao elevador e fazendo caminhadas curtas.

27/01/10
Fonte: Folha Online